O descontentamento dos professores grassa e sente-se nas escolas e fora delas . Nuno Crato nunca pensou que os professores deitassem em mãos tão grande contestação, começando pela greve às avaliações e depois greve aos exames.
Este seu erro de cálculo pode custar-lhe o lugar. Depois o seu discurso anti-sindicatos não é correcto. Numa democracia tem que haver quem represente o povo- Governo e quem represente os trabalhadores- sindicatos. Se querem coarctar essa possibilidade , então, deixaremos de viver numa democracia plena e passamos a viver num democracia musculada.
Nuno Crato ao alterar os exames do dia 27 , para o dia 26 de Junho, vem demonstrar bom senso , mas também emendar o sua teimosia em manter os exames do dia 17 de Junho , pensando que virava a opinião pública contra os sindicatos. Toda a agente sabe na trapalhada que deu...
A questão é mais profunda, a maioria dos professores não pertence a nenhum sindicato, muitos deles, nunca fizeram greve , nem foram a manifestações. Os sindicatos têm sido o veículo dos seus anseios.
Esse foi o erro de cálculo do ministro Nuno Crato, não perceber isto.
JJ
