Os Professores acusam o Ministério da Educação e o Ministro Nuno Crato de aplicar descontos salariais ilegais pela greve às avaliações. A escalada de confronto na Educação continua e aumenta.
Como diz o povo : «quem vai à guerra dá e leva». Evidentemente que neste confronto ninguém se vai sair bem e muito menos Nuno Crato.
Tudo isto , se bem se lembram começou com a teimosia de pensarem que na greve aos exames havia direito aos serviços mínimos. O Ministro perdeu e vai daí exigiu que todos os professores estivessem no dia 17 de Junho na Escola, chama-se a isto decretar na secretaria serviços máximos.
Porém antes , já decorria greve às avaliações que tem sido um êxito e com proporções inimagináveis, impensáveis penso eu, quer pelo ministério , quer pela opinião pública, quer pelos próprios professores.
Pela experiência adquiria ao longo de várias lutas anteriores , os professores funcionaram em bloco e criaram um fundo de ajuda , com a sua contribuição, para obstar a quem falta.
O ministério ressabiado e ferido , tenta pela via do sufoco monetário , transformar uma perda de salário de parte do dia , no dia inteiro.
Só demonstra , a sua incapacidade e tenta o uso da força do poder económico e da interpretação da lei.
De acordo com a lei, é ilegal descontar aos docentes um dia inteiro de ordenado quando, não tendo qualquer outra atividade nesse dia, estes apenas faltam às reuniões dos conselhos de turma, correspondendo cada reunião a 2 horas de trabalho diário, apenas a esse período de actividade, e não fosse descontado um dia de salário.
Neste diálogo de surdos , o mais forte é quem detém o poder - o governo . Os sindicatos que representam os professores são o elo mais fraco .
Esta luta vai ter um limite pela asfixia e o peso de ganharem mal e o dinheiro faz falta aos professores, pois a determinação e abnegação é surpreendente e mostra à saciedade a justeza e clareza desta luta .
Chega de tratarem mal os docentes e a falta de respeito por esta formidável profissão que exige ,ponderação, sensatez, tolerância e compreensão.
Nesta escalada só falta haver uma ordem policial e ir buscar os professores a casa. Já não falta muito...
Admiro o estoicismo dos professores e a capacidade de não se deixarem amedrontar, enganar e resistir. Parabéns!
JJ