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Tereza Halliday |
Salvo honrosas
exceções, a higiene está fraca em alguns recintos que deveriam praticá-la com
rigor. Certos profissionais da saúde usam o jaleco fora do ambiente de trabalho,
num perigoso leva e traz de germes patogênicos. Vi placa em restaurante
self-service proibindo o uso dessa vestimenta funcional. E vi portadores de jaleco dar o “jeitinho
brasileiro”: não vesti-lo, mas carregá-lo dobrado no braço. Eita falta de noção!
Corremos riscos também com os aparelhos usados para exames de vista, em clínicas
oftalmológicas. Salvo louváveis exceções, não são sistematicamente higienizados,
no atendimento em série, antes que o próximo cliente encoste o queixo e a testa
neles. Outra fonte de contágio é aquele
instrumento de medição que as óticas usam no rosto dos clientes antes de aviar a
receita de óculos. Eu mesma peguei uma infecção dermatológica na face após
contato direto com um deles.
Em academias de
ginástica, barrigas de tanquinho estão contraindo dermatite no contato com o
resto de suor de quem usou os equipamentos anteriormente. Eca! O chão é mantido
relativamente limpo, mas falta higienizar os equipamentos a cada uso. É preciso desinfetá-los continuamente, pois
recebem mãos e corpos diferentes, muitas vezes por dia. Instrutores nem sempre
assumem essa higienização e alunos não devem interromper o ritmo e a sequência
dos exercícios para passar álcool 70 em barras e estofados. Alcool que, por
sinal, acaba e nem sempre é reposto. Há também descuido com a qualidade do ar –
filtros de ar condicionado sem manutenção tornam o ambiente nada asséptico e
gerador de gripes e outras doenças.