20/08/2012

A GRANDE ILUSÃO…



Há um provérbio chinês que diz: “Há que promover o futuro, só que o caminho para lá chegar é tortuoso”.
É o que se passa no nosso País. Os sucessivos governos que têm aparecido no painel de Portugal, incluindo o actual, em lugar de promover condições de melhor vida para os portugueses, é sempre a apertar o garrote daqueles que são mais frágeis.
Enganem-se os portugueses que estão convencidos que o presente elenco governativo que está ali, tudo está fazendo para salvar os portugueses, da famosa bancarrota, cujo slogan já não convence ninguém.

Com a notícia do novo imposto que vem aí e na obrigação de cumprir o Acórdão do Tribunal Constitucional descobriram que, para cumprir o “princípio da equidade” era necessário taxar o sector privado. São sempre os mesmos que são chamados “a salvar o País”.
“GRANDE ILUSÃO…

Que o diga o Presidente da CIP: as empresas – sinónimo – empregadores e trabalhadores - já não estão em condições de suportar mais impostos: as falências contínuas, o desemprego, o abaixamento dos salários…
O que orienta o actual Governo, a nosso ver, é já a estafada teoria – o liberalismo -que continua a ser a matriz que serve de suporte a  todas as decisões deste Governo.
Todas as decisões que são tomadas, são sempre salvaguardando os interesses das classes mais protegidas, que são as classes mais abastecidas e os grandes grupos económicos, cuja crise lhes passa ao lado.
Veja-se o exemplo das rendas excessivas da EDP; O ministro da Economia vangloria-se de ter poupado 2.000 milhões: no entanto, esconde: diz que não aumenta a factura, mas descer para quando: daqui a 100 anos…

Quanto aos combustíveis que se vê: sempre a subir. As explicações são sempre as mesmas, mas não manda ver os preços intermédios que fazem subir a factura. A Autoridade da Concorrência perde-se no marasmo dos números, convencida que engana o “ZÉ POVINHO”. Onde estão as gasolineiras de “lost cost” que o Ministro prometeu? Arrisca-se, quando sair do governo a fugir para o Canadá, se tiver tempo. 
E quanto ao resultado das fundações? Propõe-se poupar, ao ano 200 milhões. Tudo está devidamente calculado. Não há a preocupação de cortar onde é necessário cortar. Todavia, o grupo encostado ao Governo, seguramente está já encaixado nos parâmetros pré-definidos. Aguardemos os resultados… com certeza mais uma trapalhada.
E as privatizações… É um autêntico marasmo…   ou então está mal explicado. A quem interessa esta situação?

E para aqueles que estão regressando de férias: Quanto às alterações do Código de Trabalho resume-se assim: menos euros em horas extraordinárias; menos feriados; despedimentos mais fáceis; menos dias de férias; mais horas de trabalho; menos euros pelas indemnizações.
E quanto às reformas estruturais: Onde estão elas? Cortes cegos e mais cortes cegos…
Não sou eu que o digo: é muito boa gente responsável deste País.
E relativamente à despesa? Onde estão os cortes? Nos ministérios, nas fundações, apoios por tudo e por nada, os observatórios, frota faustosa de carros… etc, etc…
Todos aqueles que estão convencidos que as políticas que estão a ser seguidas pelo actual elenco Governativo, são as melhores, percam a ilusão… e porquê?

O Actual Grupo que está no poder, está ali a governar para as elites…
As grandes decisões são sempre tomadas - conforme a onda – não tenhamos ilusões quanto aos subsídios de férias e do Natal. Agora é o Acórdão do Tribunal Constitucional;  em 2014 ... Inventar-se-á outra coisa: sem ser futurólogo: nenhum Governo se aguentará, quando Governa ao sabor das ondas: não há seriedade, não há transparência…
Ai! Santa transparência… quando era invocada antes de ganhar as eleições!
ANTES DE IR AO POTE…
Termino: que Deus ajude Portugal! 

António Ramos