Muita gente , cada vez mais reafirma um grande sentimento de
saciedade e desconfiança das instituições públicas e políticas que regem a
nossa sociedade. Existe um mal-estar social latente e querem mudar este
estado de coisas . Infelizmente os nossos governantes emanados dos partidos
fazem parte do problema e não da solução.
Tem havido imensas
manifestações , a maior no dia 12 Março de 2011, da geração à rasca
levou à rua mais de 300.000 pessoas , movimentos de cidadãos que despertam
simpatia , clubes de reflexão , petições,etc.
Todas estas iniciativas
colhem o seu impulso na insatisfação no modelo político vigente.
As dúvidas
persistem para ver quando haverá mudanças. Não há dúvidas que se tem que mudar
, o problema é saber quando e que mudanças
?
A democracia tem
de ser mais representativa , transparente e exigir uma melhor redistribuição da
riqueza.
Os partidos se
querem manter o poder e não deixarem de o ser têm que fazer mudanças e adaptar-se
aos novos tempos : a sua relação com os cidadãos e o seu funcionamento interno.
O divórcio entre
partidos e cidadãos está aumentar e se as coisas não mudam o fosso torna-se insanável.
Os protestos têm
produzido somente estalidos e não são tidos
muito em conta , evaporam-se com o tempo ,mas deixam uma
marca.
Outros promovem
debates como o Clube dos Pensadores ,com o fito de uma maior participação cívica
, esclarecimento dos cidadãos para estarem mais informados e atentos ao que os
rodeia.
O impacto que
estas iniciativas pretendem, é pôr em causa o
establisement. A má reputação dos partidos é latente , se estes não mudarem
pode estar em questão a própria democracia.
Os
partidos em Portugal ou mudam ou podem
surgir novas forças políticas como por essa Europa fora : Piratas Alemães; Movimento 5 Estrelas (italiano), etc. Porém o que é preocupante são as
forças radicais: Autênticos Finlandeses; Democratas Suecos, Jobbik Húngaro, etc.
A
má reputação dos partidos , quem os dirige é preocupante , vive-se um momento
de desconfiança generalizada.
Os
partidos estão a deixar de ser a correia de transmissão dos anseios e reivindicações
entre os cidadãos e o poder político
Este
cenário conjuga-se para o êxito do que vem à margem dos partidos: novas
forças e plataformas de cidadãos. Aliados a este facto a visibilidade mediática pela
simpatia enorme da sociedade e as novas tecnologias fazem o resto.
As
leis eleitorais porém dificultam este cenário, mas este processo é imparável. Há a sensação que os pilares do sistema político são imutáveis , mas começam a
mover-se
JJ