10/07/2012

O sistema político começa a mover-se


Muita gente , cada vez mais reafirma um grande sentimento de saciedade e desconfiança das instituições públicas e políticas que regem a nossa sociedade. Existe um mal-estar social  latente e querem mudar este estado de coisas . Infelizmente os nossos governantes emanados dos partidos fazem parte do problema e não da solução.

Tem havido imensas manifestações , a maior  no dia 12 Março de 2011,  da geração à rasca levou à rua mais de 300.000 pessoas , movimentos de cidadãos que despertam simpatia , clubes de reflexão , petições,etc.

Todas estas iniciativas colhem o seu impulso na insatisfação no modelo político vigente.

As dúvidas persistem para ver quando haverá mudanças. Não há dúvidas que se tem que mudar , o problema é saber quando e que mudanças ?
A democracia tem de ser mais representativa , transparente e exigir uma melhor redistribuição da riqueza.

Os partidos se querem manter o poder e não deixarem de o ser têm que fazer mudanças e adaptar-se aos novos tempos : a sua relação com os cidadãos e o seu funcionamento interno.

O divórcio entre partidos e cidadãos está aumentar e se as coisas não mudam o fosso torna-se insanável.

Os protestos têm produzido somente estalidos e não são tidos muito em conta , evaporam-se com o tempo ,mas deixam uma marca.

Outros promovem debates como o Clube dos Pensadores ,com o fito de uma maior participação cívica , esclarecimento dos cidadãos para estarem mais informados e atentos ao que os rodeia.

 O impacto que estas iniciativas pretendem, é pôr em causa o establisement.  A má reputação dos partidos é latente , se estes não mudarem pode estar em questão a própria  democracia.

Os partidos em Portugal  ou mudam ou podem surgir novas forças políticas como por essa Europa fora : Piratas Alemães; Movimento 5 Estrelas (italiano), etc. Porém  o que é preocupante são as forças radicais: Autênticos Finlandeses; Democratas Suecos, Jobbik Húngaro, etc.

A má reputação dos partidos , quem os dirige é preocupante , vive-se um momento de desconfiança generalizada.

Os partidos estão a deixar de ser a correia de transmissão dos anseios e reivindicações entre os cidadãos e o poder político

Este cenário conjuga-se para o êxito do que vem à margem dos partidos: novas forças e plataformas de cidadãos. Aliados  a este facto a visibilidade mediática pela simpatia enorme da sociedade e as novas tecnologias fazem o resto.

As leis eleitorais porém dificultam este cenário, mas este processo é imparável.  Há a  sensação que os pilares do sistema político são imutáveis , mas começam a mover-se 

JJ