20/06/2012

Sigo , sem esperança mas sigo...

Sigo nestes momentos conturbados, esquisitos, insolentes , vazios , sem esperança mas sigo. É inexplicável mas a vida não permite parar e viver pior do que estamos é difícil . 


Deste modo tudo que vier a seguir é bom , relativizando as coisas.
Vivemos momentos políticos em que estou farto de escutar tanto palavreado alarmante sobre défice , contas públicas , futuro, passado e presente.


Quero seguir a minha vida pacata , certa, em que sempre gastei menos do que tinha e que se apure responsabilidades por tudo que se passou.


Sou irredutível e estou disposto a resistir sempre com uma brisa de inteligência . Nunca nos devemos contentar com o que nos dizem. Devemos averiguar se é verdade e saber se é a única verdade e confrontá-la com a verdade dos outros.Há um grande desapego dos portugueses à política , sigo sem esperança mas sigo , sei que este não é o melhor caminho mas não tenho outro para calcorrear. 



A apatia e indiferença moral e a sua naturalização é preocupante. No Peru um escritor ao apanhar um táxi de visita a Lima pergunta a um taxista: -Fujimori foi um ladrão? Não- respondeu este- porque Fujimori só roubou o justo.
Em Portugal não é diferente a mentalidade. Deixa lá estar este, o que vier a seguir ainda rouba mais...! Assim sabemos com que contamos, etc.


O problema é que com os anos e a experiência da vida política portuguesa , sabemos o que esperar dos políticos e essencialmente o que não podemos esperar.
Acredito piamente que isto tem que mudar , o problema é se é tarde de mais... Temos que continuar a formar uma massa firme sussurrante, independente , individualizada, mas unida nas nossas ilusões ( as melhoras do nosso país) , infelizmente quase sempre frustradas na indignação e impotência tão frequentes nos últimos anos 

JJ