Numa altura em que o país caminha para um extremismo que os militares de Abril quiseram banir com a Revolução dos Cravos, evocar o 25 de Abril e lembrar José Afonso e Adriano Correia de Oliveira deve ser uma vontade e uma acção constante.
No ano em que passam 25 anos sobre o desaparecimento físico do Zeca e 30 anos sobre o desaparecimento físico do Adriano, as iniciativas começam a surgir um pouco por todo o lado. E em Mira, “Abril, lembranças mil” é a iniciativa que, nos dias 23, 24, 25, 26, 27, 28 e 29 de Abril, fazem recordar o papel dos militares na defesa da democracia, na defesa de um caminho que contribuiu para que o povo fosse à luta pelas suas conquistas. Conquistas que, agora, nos querem tirar, nos estão a tirar.
Dessa iniciativa, organizada por várias entidades em espírito de grande parceria, destaca-se o dia 28 de Abril onde José Afonso e Adriano Correia de Oliveira vão ser lembrados, homenageados e cantados por companheiros e amigos que chegarão a Mira vindos de vários pontos do país.
E Mira, que é já a capital da columbofilia, será nestes dias de Abril a capital da liberdade. Onde, porque é urgente e necessário, se dará mais um passo, um grande passo, para que Portugal continue no caminho certo, no caminho da democracia, da cultura e da cidadania responsável.
António Veríssimo
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