A greve teve uma grande adesão , apesar do governo lamentavelmente entrar numa guerra de números sem cabimento. Além de haver uma grande adesão em Lisboa , o que já é habitual houve um pequeno tumulto em frente da Assembleia da República , mas uma brincadeira comparado com o que se passa lá fora. Desta greve também me ficou o aproveitamento dos indignados , de outras forças políticas e personalidades. Uma greve não deve ter rostos , a greve é de todos que a queiram fazer. Muita gente não adere a greves devido à sua conotação política . os sindicatos que pensem e repensem a sua forma de actuar.
Desta greve o rescaldo, foi e é, uma conversa de pessoas que estão em ondas diferentes. O governo reconhece o direito à greve mas não altera uma vírgula o seu programa de austeridade , por sua vez os sindicatos não aceitam esta austeridade e protestam. Meus amigos será que se chega a alguma coisa substancial ? Não. É preciso repensar esta forma de luta e reinventar novas formas de se poder atingir alguns objectivos. Deste modo parece uma conversa de surdos. Uma greve desta envergadura deveria conseguir obrigar a cedências e inflexão de políticas . Se nada acontecer é melhor não se fazer mais greves gerais e pensar-se noutra forma mais eficaz e contundente de actuar. Os camionistas assim o conseguiram em França e noutros países da Europa. Até a protestar somos fraquinhos e pobres.Quanto mais tempo passar mais medo as pessoas vão ter , menos disposição têm para o fazer e o governo e quem mande farão o que muito bem entenderem.
É preciso reinventar , descobrir e criar com imaginação as formas de actuar , de outro modo o efeito é zero, e uma sensação de impotência e frustração.
JJ