03/11/2011

Papandreou deixa mundo em suspenso


“Muitos dos primeiros serão os últimos, e muitos
dos últimos serão os primeiros”. A Bíblia Sagrada,
Mateus 19,30

Tiro o chapéu ao Sr. Papandreou! Ele quis simplesmente testar se após recepção dos milhares de milhões de ajuda e depois de sentir-se o efeito do corte parcial das dívidas, ainda lhe resta poder para poder levar a cabo a “cura de cavalo” imposta ao seu país ou se o seu governo cai e outros queimam os dinheiros em vão.

Se não tivesse dado este passo, passado pouco tempo teria ficado muito provavelmente politicamente morto, agora só talvez.

Com efeito, tudo é uma questão se temos ou não o poder solidário para salvar a seja quem for. Isto vale para toda espécie de salvadores. Portanto, os gregos vão ter que descobrir o que é bom para eles, ou seja, se querem ou não seguir ao ditado do dinheiro e à lógica da “religião de estado” ainda em vigor. Talvez estar na bancarrota por um lado mas livre e dono das suas próprias decisões por outro, para os gregos seja um bem superior do que uma “escravidão” sem fim? Talvez ainda lhes aconteça como na citação bíblica e no fim a Europa aprenda a sua lição?

A lição para todos nós: só em consequência de uma estratégia errada foi possível acontecer que um pequeno subsistema da UE como a Grécia faça depender de si o supra-sistema UE no seu todo. Sob uma estratégia correcta, ausente em Bruxelas, isto não acontece e todos os subsistemas, por mais pequenos que sejam, crescem e ganham.

"Ceterum censeo Carthaginem esse delendam", ou seja,
"quanto ao resto, penso que Cartago deve ser destruída".
Catão o Antigo...
...quanto ao resto, penso que Portugal e o resto da UE
precisam de uma estratégia diversa

Rolf Dahmer