Neste país vergonhosamente mendicante graças a um governo do PS - país que alguns querem que continue a ser destruído - vemos em todas as notícias que Portugal anda a pedir ajuda ao FMI e à União Europeia. Será mesmo "ajuda" o que alguns vão dar? Ou será que, para esses "ajudantes", o que vão fazer é um excelente negócio de emprestar dinheiro a juro alto e mandar no país?
Portugal está numa situação parecida com a que tinha em 1925-1926. Uma diferença é que o escudo português, então, nada valia e agora, porque estamos no euro, o nosso dinheiro vale o mesmo do que os dos outros parceiros da moeda única. Se não estivéssemos no euro, teria a nossa moeda sofrido já tantas desvalorizações que ninguém a aceitaria no mundo, com as consequências conhecidas. Se era bom para as exportações dos escassos produtos portugueses, as importações - não esquecendo os produtos alimentares que, como agora, não seríamos capazes de produzir - teriam um preço proibitivo, com a consequente baixa do nível de vida da maior parte da população.
Uma outra diferença é que nessa altura, quando Portugal solicitou um empréstimo à Sociedade das Nações (e não a um grupo de banqueiros), não foi aceite porque a condição de terem cá alguns senhores a mandar foi considerada inaceitável para a dignidade nacional. Agora...
Miguel Mota
Portugal está numa situação parecida com a que tinha em 1925-1926. Uma diferença é que o escudo português, então, nada valia e agora, porque estamos no euro, o nosso dinheiro vale o mesmo do que os dos outros parceiros da moeda única. Se não estivéssemos no euro, teria a nossa moeda sofrido já tantas desvalorizações que ninguém a aceitaria no mundo, com as consequências conhecidas. Se era bom para as exportações dos escassos produtos portugueses, as importações - não esquecendo os produtos alimentares que, como agora, não seríamos capazes de produzir - teriam um preço proibitivo, com a consequente baixa do nível de vida da maior parte da população.
Uma outra diferença é que nessa altura, quando Portugal solicitou um empréstimo à Sociedade das Nações (e não a um grupo de banqueiros), não foi aceite porque a condição de terem cá alguns senhores a mandar foi considerada inaceitável para a dignidade nacional. Agora...
Miguel Mota