28/09/2010

Agustina Bessa-Luis

SERÃO ESTAS PALAVRAS SOBRE
NÓS TRISTES?

"O estado que melhor convém ao
português é o da revolução passiva.
Não age, não se adapta, mesmo ao que
parece fazer parte das suas convicções
mais profundas.Entre o delírio e a
melancolia,entre a exigência e a
queixa, prefere esperar a sua vez e
congratular-se com os acontecimentos
emblemáticos duma era que nunca
existiu ou de quem nunca virá a
aproveitar-se.
O português não é conflituoso, é
desordeiro.O conflito está na mente; a
desordem está no coração. O legislador
tem que compreender que isso é uma
dificuldade. O lado lúdico da vida,
como acontece com as crianças, é mais
apetecível do que o lado filosófico.
Como os gregos, o português não
aprende com o passado, não lhe dedica
atenção de maior;prefere seguir o
impulso da sua curiosidade que leva
a algum lugar que pode coincidir com os
seus desejos,"

"Fama e Segredo na História de Portugal"


Até amanhã! Até sempre!
Júlia Príncipe