01/11/2009

IDADE DE OURO




Não quero deixar passar o dia da IDADE DE OURO, 28/10/09, sem uma pequena reflexão.Será que todos nos preparamos para este tempo que eu considero"TEMPO ESSENCIAL"?Experimentar alegria, ter tempo livre, ou melhor, um tempo que é produto de uma libertação para o que é essencial da vida. No entanto tenho que, a maioria de nós não se prepara para o seu "TEMPO ESSENCIAL".
Um dos mais graves problemas da nossa idade é justamente a situação de "inactividade" ou, como se diz às vezes, de "passividade" a que parece estarmos destinados...É mais evidente, este problema e mais agudo na nossa sociedade urbana e nossa cultura industrial.Portanto, somente na medida que formos capazes de viver a plenitude de um tempo livre, gratuito e fecundo,na medida em que criarmos espaços em nossa vida, na medida em que zelarmos por um silêncio cheio de palavra, de música calada, poderemos caminhar em direcção à idade de ouro, da maneira que dizia o príncipe de Ligne:"Avançar para o inverno à força de primaveras".Vou transcrever um texto que achei interessante:

INSTANTES
Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido;
na verdade,bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiénico.Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
comeria mais gelados e menos feijão,
teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu
sensata e produtivamente cada minuto da sua vida.
Claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver,
trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem,disso é feita a vida,
só de momentos;
não percam o agora.
Eu era um daqueles que nunca ia a parte alguma
sem um termómetro, uma bolsa de água quente,
um guarda-chuva e um pára-quedas;
se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres
e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram,temos todos os anos, desde que nascemos e é difícil contá-los...

Até amanhã! Até sempre!

Júlia Príncipe