Joaquim Jorge
O governo pela mão de José Sócrates mantém a intransigência de não alterar o modelo de avaliação dos professores . O notório é que a nova ministra da Educação Isabel Alçada declarou e mostrava-se favorável a uma mudança, mas pelos vistos José Sócrates manda em tudo e mais alguma coisa. Parece que é uma cavalo de batalha e de honra não ceder aos professores.
Esta falta de sinais,atitude,postura e perceber o que se passa será agonizante. José Sócrates teve que mudar de ministra pela indicação dos portugueses e dos professores ( 150.000) em eleições tirando-lhe a maioria absoluta. Mas mudar tudo para que tudo fica na mesma os portugueses não o perceberão e poderá ser o princípio do fim deste filme em que estamos no intervalo.
Os problemas vão continuar e arrastar-se-ão indefinidamente. A ideia que perpassa para a opinião pública é a seguinte : de um lado os que dizem que os professores não querem ser avaliados ( governantes e companhia ) , do outro lado os que querem ser avaliados mas com outro modelo de avaliação ( professores e companhia).
Por fim a maioria expectante dos portugueses a ver no que isto vai dar. A legislatura vai começar com uma maioria negativa ( PSD , CDS, PCP e BE ) por razões dispares para alterar este estado de coisas no ensino . Esta birra, teima caprichosa,pertinácia e antipatia tornou-se uma quezília e aversão à cedência e consenso que as coisas no ensino não estão bem .
Esta irracionalidade é o mote do começo deste governo. Não auguro nada de bom e as eleições não foram boas conselheiras. Como diz o provérbio , « não há ausentes sem culpas, nem presentes sem desculpas». Os portugueses interrogar-se-ão,será que muitas vezes os governos enganam-se, têm dúvidas e, fazem leis exequíveis e desadequadas ? O dever de um governo é mudar o rumo ,ser dialogante e perspicaz.