O “PATRÃO” da UNITA mandou despedir o delegado em Portugal
O meu Amigo e militante da UNITA enviou-me o texto abaixo, relatando a recente evolução da conflitualidade no seio da UNITA, também em Lisboa.
Segundo ele, o meu amigo Isaac Wambembe é alvo de um afastamento do seu cargo de Representante da UNITA em Portugal.
Sou um particular amigo de Isaac Wambembe. Sou, até, seu padrinho de casamento.
Sei que ele, como eu, e poucos bem poucos mais, (no exterior), sofreu fortemente com as sanções…(eu estive dois anos proibido de gerir as minhas actividades, de ser remunerado e cheguei a ser dado, na Segurança Social, como não existente em Portugal, estendo por causa destas pressões ainda hoje a pagar dividas que tive de arranjar para me sustentar e segurar o que pude da minha vida profissional anterior…)
Aquando de 2004, do Congresso desse ano da UNITA, defendi que a UNITA deveria continuar a ser um partido socialista humanista; por isso e por respeito ao passado defendi o general Gato nesse Congresso, tendo sido o único da Missão Externa a fazê-lo.
Já estava, na altura, marginalizado dentro da UNITA, que se esquecera de como fora indigitado com membro suplente da Comissão Politica por ser membro da Comissão de Justiça Paz e Reconciliação em Angola e que, por isso, me deixara completamente de lado na inserção em Angola…
Como nunca fez nada para que eu tivesse direito à Nacionalidade Angolana, algo que pedi formalmente junto da Assembleia Nacional de Angola, como a UNITA teve conhecimento.
Mas, como dizia, nesse Congresso obtive uma vitória que foi o adiamento da decisão sobre a que família politica iria aderir a UNITA, tendo no Congresso ficado decidido que este assunto seria tratado em Congresso posterior, o que não veio a acontecer e me levou ao afastamento da UNITA, tal qual anunciei em 2005.
Nesse Congresso o meu amigo Carlos Lopes, mantendo comigo uma amizade bem respeitável, defendeu o hoje presidente da UNITA Samakuva, sendo que Isaac Wambembe assumiu uma posição mais neutra.
Ano depois, cinco anos depois, constata-se o como eu tinha razão em 2004.
A UNITA perdeu peso politico no Parlamento, numas eleições que foram por todos os participantes aceites, e hoje vê-se enredada numa teia de interesses de onde infelizmente não escapará.
Como cidadão hoje estranho à UNITA, como luso angolano não aceite enquanto angolano, situo-me de fora deste actual conflito interno à UNITA.
No entanto, enquanto amigo de Isaac Wambembe e de Carlos Lopes, sinto-me forçado a dizer que entendo a sua frustração e desejo de mudança na UNITA.
Conheci a sua militância, a sua participação na Resistência, a sua vontade enorme de ver a Democracia em Angola e, nesse campo, estou claramente com eles.
Tenho amigos também no outro campo. Reconheço nesses amigos também a Resistência e militância, e o desejo de ver surgir a Democracia em Angola.
É para esses que Apelo, para que encontrem a solução adequada, pois a UNITA só se esvazia cada vez mais com estas crises.
E ainda que hoje seja um Partido politico fora das minhas opções – eu sou Socialista e a UNITA é, hoje, um partido de Direita, ainda que com cidadãos de Esquerda no seu interior por razões que têm a ver com o seu passado – entendo que é manifestamente negativo para Angola que a UNITA se esboroe.
Apelo pois ao bom senso, apelo aos membros da UNITA que respeitem quem por ela sofreu e bastante, como Isaac Wambembe. Diria mesmo, no Exterior, como poucos, mesmo bem poucos.
Joffre Justino
O meu Amigo e militante da UNITA enviou-me o texto abaixo, relatando a recente evolução da conflitualidade no seio da UNITA, também em Lisboa.
Segundo ele, o meu amigo Isaac Wambembe é alvo de um afastamento do seu cargo de Representante da UNITA em Portugal.
Sou um particular amigo de Isaac Wambembe. Sou, até, seu padrinho de casamento.
Sei que ele, como eu, e poucos bem poucos mais, (no exterior), sofreu fortemente com as sanções…(eu estive dois anos proibido de gerir as minhas actividades, de ser remunerado e cheguei a ser dado, na Segurança Social, como não existente em Portugal, estendo por causa destas pressões ainda hoje a pagar dividas que tive de arranjar para me sustentar e segurar o que pude da minha vida profissional anterior…)
Aquando de 2004, do Congresso desse ano da UNITA, defendi que a UNITA deveria continuar a ser um partido socialista humanista; por isso e por respeito ao passado defendi o general Gato nesse Congresso, tendo sido o único da Missão Externa a fazê-lo.
Já estava, na altura, marginalizado dentro da UNITA, que se esquecera de como fora indigitado com membro suplente da Comissão Politica por ser membro da Comissão de Justiça Paz e Reconciliação em Angola e que, por isso, me deixara completamente de lado na inserção em Angola…
Como nunca fez nada para que eu tivesse direito à Nacionalidade Angolana, algo que pedi formalmente junto da Assembleia Nacional de Angola, como a UNITA teve conhecimento.
Mas, como dizia, nesse Congresso obtive uma vitória que foi o adiamento da decisão sobre a que família politica iria aderir a UNITA, tendo no Congresso ficado decidido que este assunto seria tratado em Congresso posterior, o que não veio a acontecer e me levou ao afastamento da UNITA, tal qual anunciei em 2005.
Nesse Congresso o meu amigo Carlos Lopes, mantendo comigo uma amizade bem respeitável, defendeu o hoje presidente da UNITA Samakuva, sendo que Isaac Wambembe assumiu uma posição mais neutra.
Ano depois, cinco anos depois, constata-se o como eu tinha razão em 2004.
A UNITA perdeu peso politico no Parlamento, numas eleições que foram por todos os participantes aceites, e hoje vê-se enredada numa teia de interesses de onde infelizmente não escapará.
Como cidadão hoje estranho à UNITA, como luso angolano não aceite enquanto angolano, situo-me de fora deste actual conflito interno à UNITA.
No entanto, enquanto amigo de Isaac Wambembe e de Carlos Lopes, sinto-me forçado a dizer que entendo a sua frustração e desejo de mudança na UNITA.
Conheci a sua militância, a sua participação na Resistência, a sua vontade enorme de ver a Democracia em Angola e, nesse campo, estou claramente com eles.
Tenho amigos também no outro campo. Reconheço nesses amigos também a Resistência e militância, e o desejo de ver surgir a Democracia em Angola.
É para esses que Apelo, para que encontrem a solução adequada, pois a UNITA só se esvazia cada vez mais com estas crises.
E ainda que hoje seja um Partido politico fora das minhas opções – eu sou Socialista e a UNITA é, hoje, um partido de Direita, ainda que com cidadãos de Esquerda no seu interior por razões que têm a ver com o seu passado – entendo que é manifestamente negativo para Angola que a UNITA se esboroe.
Apelo pois ao bom senso, apelo aos membros da UNITA que respeitem quem por ela sofreu e bastante, como Isaac Wambembe. Diria mesmo, no Exterior, como poucos, mesmo bem poucos.
Joffre Justino