24/03/2008

TIBETE


Não há o direito de violações graves e inimagináveis dos direitos humanos chegando ao ponto de proibir a imagem de Dalai Lama



JOAQUIM JORGE

Dalai Lama , Kundum , a «Presença» - como os tibetanos o tratam com amor e respeito . Peregrino infatigável , luta por preservar a cultura do seu povo e manter viva a sua “causa” . Encontra-se refugiado em Dharamsala , na Índia ,contudo uma parte dos exilados que se mantêm consigo e muitos que vivem no Tibete querem uma saída mais radical : a independência total do Tibete e não o “caminho intermédio”, o da verdadeira autonomia dentro da China. A violência neste caso é estúpida, pois combater 1500 milhões de chineses contra 6 milhões de tibetanos não será concerteza a melhor solução.
Mas a força da nova geração, farta de esperar, as novas tecnologias deram uma ajuda preciosa nas manifestações, a proximidade dos jogos olímpicos e a influência de figuras como Richard Gere levarão a China a gerir esta crise de forma pacífica e com contenção. Aliás não entendo como um país enormíssimo, não permite a autodeterminação de um povo que ocupa um espaço tão reduzido. Esta luta que celebrou recentemente a diáspora do 49º aniversário do falhado levantamento tibetano conserva a sua identidade, numa rede colégios, bibliotecas, templos e escolas mas fora do seu país. Não há o direito de violações graves e inimagináveis dos direitos humanos chegando ao ponto de proibir a imagem de Dalai Lama . A comunidade internacional tem que tomar uma posição firme e será uma prova de como actuará a Europa a vinte sete. Os países da União Europeia deveriam receber o Dalai Lama sem hesitação , sempre que ele aparecesse em visita e não o que aconteceu recentemente.