É necessário alertar para a importância dos valores humanos individuais e o peso que estes têm no contexto de um mundo globalizado, no qual, a promoção da solidariedade e justiça não deve ser esquecida; pelo contrário, deve ser um elemento base na formação de todos. Os Consumidores podem, de facto, fazer a diferença, no seu quotidiano, para que exista uma maior consciência e acção face a tantos problemas, que nos são muitas vezes indiferentes e, nos quais, temos responsabilidade. O comércio internacional está relacionado com um grande número de temáticas e problemáticas que afectam, em especial, os PED (Países Em Desenvolvimento). Por vezes, não temos noção da injusta realidade vivida pelos pequenos produtores/artesãos dos Países do Sul, condicionados pelas escolhas prepotentes dos ocidentais, adeptos fervorosos de um consumismo desenfreado e inconsciente.
A procura de soluções tem sido pautada por grandes dificuldades, especialmente, no que diz respeito ao combate aos interesses económicos instalados.
O Comércio Justo é uma das respostas a estes problemas, que se tem mostrado mais viável, definindo-se por ser uma parceria comercial que tem por base o diálogo, a transparência e o respeito, contribuindo, de forma eficaz, para o desenvolvimento sustentável, oferecendo melhores condições de comércio, respeitadoras dos direitos dos produtores e trabalhadores marginalizados, em particular, dos Países do Sul ou Países em Desenvolvimento. Os quatro pilares nos quais assenta o Comércio Justo são o pagamento de um preço justo pelos produtos, o estabelecimento de relações comerciais estáveis a longo prazo, o pré-financiamento da produção até 50% e a sustentabilidade ambiental, juntamente com a produção biológica, sempre que aplicável.
O conceito de Comércio Justo nasceu, em 1954, por um grupo de jovens holandeses que tentaram perceber o que deturpava a cadeia comercial à escala mundial, causando tanta pobreza em alguns países. Os principais intervenientes neste processo são, primeiramente, os pequenos produtores e artesãos, organizados em cerca de 800 cooperativas (algumas com cerca de 5000 produtores) em 45 países da América Latina, Ásia e África. Seguem-se os importadores, por volta de 50 ONG’s na Europa, EUA, Canadá, Japão, Austrália, entre outros países. A primeira associação de Comércio Justo, em Portugal, nasceria em Amarante (Aventura Marão Clube). No Porto, temos a Reviravolta.
A maioria do trabalho desenvolvido pelas associações ou grupos de Comércio Justo é voluntário, o que muito honra a solidariedade humana e a vontade de mudança. Esta é uma ajuda fulcral, pois os projectos de Comércio Justo procuram ter os menores custos extra possíveis, numa perspectiva de ajudar sempre e cada vez mais, quem necessita. Não deve, no entanto, se vista como uma acção solidária de beneficência mas sim de Justiça, para a qual muito podemos contribuir no nosso dia-a-dia. Já experimentaram um bom café, que vos saiba a África, e não a trabalho escravo? Já vestiram uma camisola feita por gosto, remunerada com justiça e que tenha mais de que valor material, valor emotivo?
Procurem uma loja de Comércio Justo e ajudem a mudar o Mundo.
Vasco Silva
estudante
A procura de soluções tem sido pautada por grandes dificuldades, especialmente, no que diz respeito ao combate aos interesses económicos instalados.
O Comércio Justo é uma das respostas a estes problemas, que se tem mostrado mais viável, definindo-se por ser uma parceria comercial que tem por base o diálogo, a transparência e o respeito, contribuindo, de forma eficaz, para o desenvolvimento sustentável, oferecendo melhores condições de comércio, respeitadoras dos direitos dos produtores e trabalhadores marginalizados, em particular, dos Países do Sul ou Países em Desenvolvimento. Os quatro pilares nos quais assenta o Comércio Justo são o pagamento de um preço justo pelos produtos, o estabelecimento de relações comerciais estáveis a longo prazo, o pré-financiamento da produção até 50% e a sustentabilidade ambiental, juntamente com a produção biológica, sempre que aplicável.
O conceito de Comércio Justo nasceu, em 1954, por um grupo de jovens holandeses que tentaram perceber o que deturpava a cadeia comercial à escala mundial, causando tanta pobreza em alguns países. Os principais intervenientes neste processo são, primeiramente, os pequenos produtores e artesãos, organizados em cerca de 800 cooperativas (algumas com cerca de 5000 produtores) em 45 países da América Latina, Ásia e África. Seguem-se os importadores, por volta de 50 ONG’s na Europa, EUA, Canadá, Japão, Austrália, entre outros países. A primeira associação de Comércio Justo, em Portugal, nasceria em Amarante (Aventura Marão Clube). No Porto, temos a Reviravolta.
A maioria do trabalho desenvolvido pelas associações ou grupos de Comércio Justo é voluntário, o que muito honra a solidariedade humana e a vontade de mudança. Esta é uma ajuda fulcral, pois os projectos de Comércio Justo procuram ter os menores custos extra possíveis, numa perspectiva de ajudar sempre e cada vez mais, quem necessita. Não deve, no entanto, se vista como uma acção solidária de beneficência mas sim de Justiça, para a qual muito podemos contribuir no nosso dia-a-dia. Já experimentaram um bom café, que vos saiba a África, e não a trabalho escravo? Já vestiram uma camisola feita por gosto, remunerada com justiça e que tenha mais de que valor material, valor emotivo?
Procurem uma loja de Comércio Justo e ajudem a mudar o Mundo.
Vasco Silva
estudante