26/07/2017

Sempre que a direita rasteja, a dimensão politica eleva-se!



António Fernandes 
O sentimento de revolta ultrapassou o limite do aceitável e já não tolera a indecência com que alguns políticos se prostituem a troco de nada.
A orgia verbal em que se envolveram raia já a verborreia intelectual indiciando desequilíbrio mental associado a insanidade o que é um forte motivo de preocupação num tempo de pré-campanha eleitoral para as autarquias.
Eleição que afeta diretamente todos os cidadãos por ser uma eleição de proximidade que trata de tudo aquilo que no domínio publico envolve a vida das pessoas.
Desde a qualidade da água à recolha dos lixos; da educação ao comportamento; das infraestruturas aos equilíbrios ambiental e de vida em que a biodiversidade é fator de relevância suprema.
À direita custa sobremaneira “engolir” no governo da nação a incidência ideológica de uma esquerda inteligente.
Ao ponto de usar a dor como argumento de batalha politica sem tréguas perante um País que arde; famílias que perdem os seus entes queridos; famílias que perdem todos os seus bens materiais e imateriais; famílias que choram.
Um país devastado pela dor, com danos morais irreparáveis e sentimento generalizado de impotência perante uma Natureza que é implacável sempre que as condições climatéricas e outras associadas se conjugam, nuns casos e, “mão criminosa” impulsiona noutros casos.
Perante este dantesco cenário a direita tem sempre a mesma conduta:
- A da terra queimada! Mental e politica.
Desde sempre que a direita teve como doutrina politica a convicção de que é no sofrimento das pessoas que consegue encontrar motivos para impor as suas ideias sustentadas por linhas de orientação politica estratégica condicionadoras das liberdades e dos direitos dos cidadãos em quem não acredita, serem capazes, de gerar ideias propulsoras de uma nova sociedade mais justa e mais fraterna e, sobre tudo, de construírem esse modelo de sociedade.
Ora, como a atual conjuntura económica e social construída pelo atual governo contraria todo o seu discurso e crença, perdeu o norte pondo a nu a sua verdadeira essência de raiz malévola com requinte de Maquiavel.
Os dirigentes locais e nacionais do PSD e os seus acólitos agregam hoje a ultradireita mais reacionária de que há memória desde a revolução de abril de mil novecentos e setenta e quatro.
A sua matriz intelectual atingiu o limiar do rastejo reptício que deixa a própria indiferença incomodada.
Um ode ao ato politico idóneo, sério e comprometido com os ideais que separam o Homem do anormal.
Num tempo em que o Homem tem fortes motivos de preocupação global em domínios que exigem dos políticos um nível elevado de inteligência, condicionante que a direita não possui.
A direita possui autómatos configurados para se exprimirem de forma articulada ao jeito das marionetas sem que se saiba muito bem quem manipula os fios.
Perante esta atitude de um partido que foi fundado por um Senhor da politica nacional no tempo e para a posteridade, o Dr. Francisco Sá Carneiro, que acompanhado por uma elite de outros políticos votou favoravelmente a Constituição da Republica Portuguesa elevando a dimensão politica nacional perante o mundo, é de difícil assimilação que o seu PPD/PSD tenha descido à dimensão do seu presidente e do atual líder parlamentar na Assembleia da República e, nosso conterrâneo.

Lamentável!