03/06/2017

Processo de Candidatura de Joaquim Jorge à CM Matosinhos


Novo episódio

Fui informado, que esta sexta-feira, estavam a jantar na Estalagem da Via Norte em local reservado: Bragança Fernandes (presidente da distrital do PSD Porto), Adriano Rafael (coordenador autárquico distrital), José Manuel Soares (secretário- geral distrital), todos próximos de Marco António Costa. Pedro Vinha da Costa (vereador PSD Matosinhos) e Jorge Magalhães (militante do PSD ligado aos Bombeiros Matosinhos- Leça). Mas há sempre um tolo que nos vê, por muito que nos queiramos esconder e que ninguém saiba.
A distrital, em vez de aprovar Joaquim Jorge e fechar este processo que vai longo, tenta por todos os meios arranjar um candidato que não seja Joaquim Jorge.
Exigiu a Joaquim Jorge voto secreto e maioria. Assim aconteceu. Não satisfeita exigiu um plenário e instrumentalizou esse plenário que deu um parecer desfavorável à moção de José António Barbosa (presidente da concelhia) e aprovou uma moção que prefere um candidato militante do PSD. Todavia esse plenário não é vinculativo.
Ao saber deste jantar, perguntei a José António Barbosa:
- O que se estava a passar? E se achava melhor, desistir deste processo? Tudo isto é mau demais para ser verdade. É vergonhoso!
José António Barbosa retorquiu:
- Eu já enviei o nome Joaquim Jorge formalmente como candidato à CM Matosinhos. Não entendo o que estão a tentar fazer nas minhas costas.
Nunca vi tal, na minha vida, e este processo ficará nos anais da história da vida partidária do PSD! Ao ler os seus estatutos a distrital tem-los violado sistematicamente.
O PSD repudia processos ocultos, secretos que são ilegítimos. O PSD exige o respeito de todos pelas decisões da maioria.
Aos militantes que infringirem os seus deveres para com o PSD são aplicáveis sanções, por ordem de gravidade: a) advertência; b) repreensão; c) cessação de funções em órgãos do Partido; entre outros. Chegando em caso extremo à expulsão.
Mas, para além disso, há algo muito importante e que não se fala: a Comissão Política Nacional do PSD coordena a actuação da distrital, aprecia a sua actividade e pode propor ao Conselho de Jurisdição Nacional a sua dissolução em caso de manifesta violação dos estatutos ou do seu programa.
A distrital com o seu infinito desejo de controlar e interferir na concelhia de Matosinhos está a violar os estatutos. A distrital tem que respeitar a autonomia da concelhia e na sua escolha do candidato à CM Matosinhos. A distrital instiga e funciona como um conjunto de pessoas que se comportam em absoluta irracionalidade. Funcionam como caçadores que desejam os seus troféus - arrumar com Joaquim Jorge e José António Barbosa.
Tudo isto é histriónico! A distrital ao tentar rejeitar o nome Joaquim Jorge proposto pela concelhia, fica diminuída pelo seu espalhafato e jogadas de bastidores. Aos olhos da opinião pública fica com uma péssima imagem, e dá um retrato aparelhista como funciona um partido.
Tiro o chapéu a Marco António Costa, há anos que anda pelas lides partidárias do PSD e ainda manda muito e a sua influência é enorme. Tem que se ser muito bom para ainda estar lá há tantos anos e ninguém lhe fazer frente!
A distrital pratica uma diplomacia viril e repudia Joaquim Jorge. Mas o seu imaginário de controlo vai-lhe sair caro. Quem gravita nos partidos pensa que as pessoas não estão a ver o que se passa.
Aconselho os senhores da distrital a ler o livro de Moisés Naim " O Fim do Poder". Porque ter poder já não é o que era…
JJ