23/01/2016

NOVO ATALHO





Esta semana deparei-me com um problema que mais parecia que estava a viver numa ditadura de um país em que somente se tem obrigações e não se tem direitos. É assim e cala-te…
Como moro perto da firma Novo Atalho, (que raio de nome), onde adquiri um PC Asus há algum tempo. O PC deixou de carregar a bateria. Fiquei preocupado, o que não é para menos. Reconheço que actualmente não consigo viver sem o meu portátil e sem o meu telemóvel. Tempos modernos que me tornaram dependente da minha forma de comunicar e de estar informado com o mundo de hoje.
Liguei, para um amigo, que me ajuda e aconselha em tudo do meu PC. Fiz um teste, tirando a bateria e o PC continuou a não carregar. Verifiquei o cabo de ligação pareceu-me tudo em ordem.
Decidi levá-lo onde o comprei. Cheguei ao local um pouco antes das 10h. Às páginas tantas, chegou um individuo que entrou no local e mandou-me esperar cá fora. De seguida veio outro, com um ar mais simpático, e com um sorriso disse-me para esperar um pouco. Assim o fiz.
Estava preocupado, ansioso e nervoso. Primeiro para perceber o que se passava com o PC, depois a prever que iria ficar sem a minha ferramenta de trabalho do dia-a-dia. Tenho o blogue do Clube dos Pensadores, o meu FB pessoal, tenho que actualizá-lo: inserir post`s; comentários; enviar emails; etc.
Quando me dirigi ao balcão onde estava o funcionário que foi o primeiro a entrar. Abordei-o e respondeu-me de forma seca e a despachar que ali não era os serviços técnicos. Retorqui dizendo-lhe que comprei ali o PC e que só queria verificar o cabo de ligação. Olhou para mim com aspecto terciário e foi para o seu PC e respondeu-me (sem olhar para mim): que já me tinha dito que era na loja ao lado.
Como na vida nunca deixei de dizer o que penso. Respondi-lhe: o funcionário que me vendeu o PC era muito mais simpático e que lamentava a forma como me estava a atender. Não me estava a fazer favor nenhum e saí.
Na porta ao lado, lá estava outro funcionário mal-encarado, que me pediu a factura do PC. Eu disse-lhe que não tinha e estava com o meu contabilista.
Olhou para mim, com ar de incomodado e a pensar: o que estás aqui a fazer, ainda agora começou o dia e já me estão a chatear.
Voltei à carga e disse-lhe se fizesse o favor de ver no computador da empresa pelo meu nome e contribuinte naturalmente via a factura e o comprovativo de compra. Com cara fechada, sisudo e de uma antipatia atroz. Respondeu: que teria que enviar para o email da empresa a fazer o pedido e que demoraria 3 a 4 dias a ter a 2.ªvia da factura.
Fiquei estupefacto e mostrei a minha indignação.
Olhou para mim do seu palanque de porteiro e de controleiro e respondeu de uma forma fria do género funcionário do Kremlin ou de uma alfândega de uma ditadura sul-americana: Sem factura não há nada a fazer, por outro lado, a reparação teria que ser feita noutra empresa em Oliveira do Douro.
Insisti para ver o que era no PC. De uma forma displicente e insolente lá pegou no PC e levou-o a um colega que estava por detrás de uma zona tapada e não viu nenhuma anomalia no cabo e disse que era o alimentador do PC.
Percebi que não valeria a pena falar mais nem perder tempo com tais energúmenos e míopes mentais.
Liguei para o meu amigo e pedi-lhe para ver o PC e o cabo de ligação. Fui ter com ele e deixei o PC. Passados 30 minutos ligou-me a dizer que o cabo de ligação estava traçado e substitui-o e disse para passar que o PC já estava a funcionar.
Este exemplo paradigmático como se atende um cliente em que parece uma heresia ir ao local onde se compra algo e pedir ajuda, apoio e informação.
A forma como fui atendido, comigo nunca mais voltará acontecer. Nunca mais irei ao Novo Atalho. Este atalho tornou-se para mim um caminho de cabras.
Não faltam locais onde comprar PC´s que me tratem como um cidadão normal em que tenho obrigações mas também direitos.
Reclamar ou pedir assistência não é crime, é um direito. Empresas deste género está Portugal enxameado. O que é pena! Portugal precisa de empresas com qualidade de serviço, assistência e que o cliente se sinta bem para voltar.
Lá porque fazem bons preços,não tem o direito, de a sua educação estar em saldo. Estes empregados são ignorantes , muito básicos a fugir para o boçal.
Não sei quem é o dono ou os donos do Novo Atalho mas pelos empregados fiquei esclarecido.
JJ