24/10/2015

MUDANÇA DE HORA




Hoje muda a hora : às 2:00 passa a ser 1:00. Não concordo nada com esta medida. A economia também se sobrepõe à saúde.

Estratégias eficazes para evitar transtornos que possam perturbar a sua rotina diária

Sempre que o calendário aponta uma nova mudança de hora, muitas são as pessoas a experimentar algum tipo de transtorno que afecta a sua dinâmica diária durante os primeiros dias após a transição.

Cansaço, dor de cabeça, desorientação, ansiedade, irritabilidade, indigestão, transtornos estomacais, insónias noturnas e sonolência durante o dia são apenas alguns dos sintomas que perturbam muita gente em época de alteração de horários.

Para os combater, a Albenture, empresa especializada na conciliação da vida pessoal e vida laboral, sugere:

- Durma bastante nos dias anteriores à alteração de horário.

- Deite-se uma hora antes do seu horário habitual uns dias antes da alteração.

- No dia da mudança de hora, levante-se quando o seu relógio marcar a hora habitual de despertar e saia à rua. Deixe que o sol indique ao seu corpo que já é de dia.

- Adapte o seu horário das refeições e de sono o mais rapidamente possível.

- Se costumava almoçar à uma da tarde, mantenha este hábito no novo horário. O mesmo se aplica na hora de se deitar.

- Se se sentir sonolenta, e se puder, considere a possibilidade de fazer uma breve sesta (menos de 30 minutos). Os efeitos reparadores da sesta são bem conhecidos.

- Evite a cafeína e outros estimulantes.

- Se tiver o hábito de praticar exercício, continue a praticá-lo. Se não for o seu caso, é uma boa altura para começar.

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Um dos problemas da entrada na hora de Inverno é a depressão sazonal, também conhecida por depressão de Inverno. Com a diminuição da duração da luz solar, o organismo aumenta a produção de melatonina e diminui a de serotonina - hormona cuja produção é potenciada pela exposição à luz.

"O que acontece é que estas alterações biológicas provocam mudanças no indivíduo, potenciam o cansaço, a irritabilidade e a insónia", explica a psicóloga Filomena Chainho. Sendo normal esta depressão sazonal, a psicóloga acrescenta que estes sintomas são potenciados pela mudança da hora. "O desconforto pode ir de 24 horas até cinco dias", sublinha Filomena Chainho, acrescentando que, "se durar mais do que os cinco dias poderá ser mais preocupante".

Para minimizar os efeitos desta depressão sazonal e, mais concretamente, da mudança para a hora de Inverno, Filomena Chainho dá alguns conselhos. "Deve-se procurar dormir o melhor possível nos dias antes da mudança da hora e, por norma, a partir da quinta-feira anterior à entrada no horário de Inverno a pessoa deve procurar ir dormir uma hora mais cedo", frisa.

Outra das mudanças que podem ser feitas nas rotinas diz respeito à hora da refeição. "Se se almoçar às duas da tarde, nos dias antes pode começar a almoçar uma hora mais cedo", aconselha Filomena Chainho.

Mas as alterações provocadas pela mudança legal da hora não se notam apenas na vida pessoal.

De acordo com uma sondagem realizada pela Albenture - empresa especializada na conciliação da vida pessoal e vida laboral - em Espanha, 56% dos sete mil trabalhadores inquiridos manifestaram que a mudança horária lhes cria algum tipo de perturbação.

Segundo este estudo, 60 % dos entrevistados consideram que lhes afecta sobretudo no sono, enquanto 11% apontam para implicações no trabalho e cerca de 10% apontam a hora de almoço.

O cansaço é o sintoma mais habitual, seguido da depressão (10%), falta de concentração (7%), ansiedade (6%) e até da falta de apetite (1%).

Ainda de acordo com o trabalho desenvolvido pela Albenture, o tempo de adaptação necessário entre aqueles que dizem sofrer de transtornos varia muito.

Enquanto 5% asseguram que não precisam mais de 24 horas para regressar à rotina normal, cerca de 39% garantem precisar de dois a três dias para se adaptarem ao novo horário. Já 31% dizem necessitar de uma semana e 21%, de mais de sete dias.


Sapolifestyle / DN