20/05/2015

Um cidadão exemplar!




Mafalda Moutinho
"Pensar é o trabalho mais difícil que existe, talvez por isso mesmo poucos se dediquem a ele."
Henry Ford

Hoje, escrevo sobre um idealista, e um idealista na minha concepção é uma pessoa que ajuda os outros a prosperar, e por esta razão hoje escrevo sobre este homem. Perante a democracia empobrecida em que vivemos, que a seu belo proveito alimenta a crise de valores que a nossa sociedade vive, existe um homem que sem medo assume publicamente que a sua luta é reinventar a democracia. Falo de Joaquim Jorge ou simplesmente JJ. JJ é uma lufada de ar fresco nesta sociedade moribunda de tudo. É um homem que opina em várias plataformas da comunicação social, sem que ninguém lhe possa apontar partidarites ou interesses. Facilmente poderemos ver JJ tecer uma opinião, e com o decorrer temporal poder multifacetar essa opinião e inclusive modificá-la. Esta capacidade é um dom único dos humildes, dos insubmissos, dos verdadeiros pensadores. Dos muitos adjetivos que poderia encontrar para vos pintar o perfil do Joaquim saliento: insubmisso, incómodo, independente, genuíno, amigo, cáustico, rebelde, crítico, irreverente, gentil, livre, extraordinário. Naturalmente, um homem raro com este perfil desperta as invejas e as intrigas daqueles que o querem mergulhar no descrédito, para que não despertemos para as múltiplas verdades que denuncia. O Biólogo na sua caminhada como cidadão exemplar funda em 2006 o prestigiado Clube dos Pensadores. O clube é até à data a única plataforma interactiva, independente e apartidária que oferece ao cidadão uma nova forma de democracia participativa, aproximando os eleitores dos eleitos. É um espaço vivo, mutante que caminha junto dos problemas da actualidade envolvendo os seus intervenientes. É um grito social cívico que ecoa em jornais, livros, rádio e na televisão. É um cidadão exemplar que arrasta consigo outros cidadãos, envolvendo-os na missão de pensar o seu país, o nosso Portugal. Pelo clube já passaram nomes como: Marcelo Rebelo de Sousa, Paula Teixeira da Cruz, Pedro Passos Coelho, António Costa, Jerónimo de Sousa, Paulo Portas, Ana Drago, Maria de Belém, Francisco Louça, Manuel Alegre, António José Seguro, Pedro Santana Lopes, Rui Rio, Teixeira dos Santos, Manuela Moura Guedes, Miguel Cadilhe, Sobrinho Simões, Belmiro de Azevedo, Alexandre Soares dos Santos, entre outros. A luta constante que o Joaquim tem travado ao longo dos anos não deve ser nada fácil. Se pela Europa fora perante a crise que os países vivem surgiram falsas alternativas designadas como movimentos cidadãos , não deve ser fácil para um homem que reconhece as falhas reais do nosso sistema político, remar "sozinho" naquilo que é e deveria ser um dever de todo o cidadão exercer a sua cidadania. Haver alguém que ao invés de concorrer, faz pedagogia é um tesouro vivo que se deveria multiplicar. Na realidade a solução para a crise de tudo que vivemos é simples e Joaquim Jorge aponta-a num diálogo com o seu semelhante: - nós os cidadãos no seu recente livro Pedagogia Cívica. Este mestre em cidadania dá a resposta que muitos de nós precisa incorporar: - " a resposta para a saída da crise está nos políticos e na forma como os cidadãos interagem com quem os governa." Não podemos viver alienados da política, remetendo a nossa acção para o bitaite do descontentamento no café e em dia de eleição para o fundo do sofá exercendo abstenção. Não é só do voto que muitos se abstêm. Ao afastarmos das nossas vidas o nosso papel enquanto cidadãos patrióticos afastamos o sonho de vivermos numa sociedade rica, num país próspero, em que as oportunidades são concebidas para todos e não apenas para uns quantos. São estas reflexões que o Joaquim nos oferece em Pedagogia Cívica. Que o grito do Joaquim nunca caia em silêncio.

" O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons."
Martin Luther King