18/03/2015

FALAR DE POLÍTICA, FALAR DE CIDADANIA…



Daniel Braga 
“ Há coisas muito piores que a política: a inveja, a ira, a mesquinhez, a inverdade…a política é uma atividade nobre, o que não tem é bons protagonistas. Por vezes é mal frequentada…”

Joaquim Jorge, membro fundador do Clube dos Pensadores

Pois é e isto foi-me fazendo pensar e concluir que na verdade a política é uma atividade que não merece ser subestimada, digna quando bem exercida e acima de tudo um exercício cívico diário que todos implementamos e temos bem presente no nosso dia-a-dia. Fazemos política a todo o momento, quando nos preocupamos com a educação dos nossos filhos, quando lutamos por um ensino de exigência e qualidade, quando vamos para a rua protestar por condições de vida mais condignas, quando procuramos ajudar instituições que têm por missão ajudar os mais desfavorecidos, quando nos revoltamos com o que se passa atualmente em países como a Síria, quando praticamos uma boa ação em prol do próximo. Ao exercício efetivo da cidadania está sempre ligado um ato político de maior ou menor dimensão. A política não é, nem pode ser apenas aquilo que se pratica nos corredores da Assembleia da República, nos partidos políticos ou nas organizações sindicais que lutam pelos direitos dos trabalhadores. Fazer política é, por exemplo, aquilo que faz e bem o Clube dos Pensadores personificado na pessoa do seu fundador, Joaquim Jorge, ao realizar um conjunto de iniciativas dirigidas ao País e dando voz ao cidadão comum e à sociedade civil. Este ato de escrever umas linhas dando voz livre aos meus pensamentos e preocupações também é um ato de cidadania que procuro sempre exercer com lisura e seriedade. Acima de tudo temos que ter consciência que existiu, existe e existirá sempre formas erradas e profundamente desonestas no exercício da Política, mas que quando bem exercida, será sempre algo de nobre e digno. E para que isso aconteça é necessário que os seus protagonistas maiores – os políticos - a exerçam com responsabilidade, sentido de Estado, seriedade e na sua essência maior, procurando servir com dignidade os cargos para os quais foram eleitos pelo povo. Só assim se credibilizará a Política, sendo os seus agentes uma mais-valia no exercício da mesma. E para que o Povo se reconcilie com a Política e com os políticos é necessário que a seriedade e a honestidade sejam referências basilares no exercício do Poder. Infelizmente os maus exemplos foram o pão nosso de cada dia nestas últimas décadas em Portugal e foram eles os responsáveis primeiros da desgraça que se abateu sobre nós, muito por via da sua incapacidade, desonestidade e incompetência.