17/02/2015

A "ISCA" QUE O SYRIZA LANÇOU



Hercília Oliveira 
Se perguntarem a qualquer pessoa se gosta ou quer austeridade, com certeza que a resposta será: NÃO!
E sobretudo nesta sociedade de consumo, o que a maioria gosta é de gastar.
E tal como os bancos, que não se interessaram saber se a quem emprestavam teriam dinheiro para pagar, também as pessoas se endividaram sem fazer ideia de como iriam pagar.
Ora os gregos, gastaram  de tal forma e com uma tão grande irresponsabilidade..., que tiveram que recorrer aos "malvados  credores" pois só eles lhes podiam  emprestar.
Ora aparece o Syriza..., e promete: aumento de salário quase em 200 euros; reposição nas reformas; reintegrar desempregados públicos ( que eram já escandalosamente excessivos...), e  acabar com a austeridade, como que bastasse carregar num botão e logo desaparecia.
O Syriza quer alterar tudo e exigindo colaboração dos outros países.
Ora o Syriza esquece que já foram mais beneficiados que outros que estão na mesma situação.
A Grécia já teve condições melhores que Portugal, e que todos os outros países votaram a favor.
A Grécia, só começa pagando juros a partir de 2020. Não pode agora aparecer como a coitada que ninguém compreende!
Mas..., ainda fizeram mais: afrontaram arrogantemente quem lhes emprestou, e de quem continuavam precisando para sobreviver!!!

" Recomendei insistentemente a Alexis Tsipras, que se desarme no plano verbal. Seria avisado parar com os ataques a Angela Merkel"
   ( Martin Schulz )

O ministro das finanças grego, Yanis Varoufakis, diz que não aceitará mais ordens .
Não quer mais nada com a Troika.
Começou por dizer que não pagava a divida ; agora já admite pagar alguma.
Recusou quase tudo que havia sido acordado, como se fosse um país sem precisar do dinheiro de todos, e agora ainda exige que aceitem tudo como ele quer!?
Há porém em tudo isto, uma grande esperteza por parte do Syriza:
Eles vão..., aliás já estão, começando a querer dar a imagem a quem neles votou, de que os culpados de não poderem cumprir o que prometeram, são dos malvados credores e dos países que não concordam com eles, e não eles, mesmo sabendo que estavam prometendo o que não podiam nem deviam.
Eu também vou prometer a que eu quiser, que lhe vou dar um Ferrari; depois..., vou acusar o Banco por ser o culpado de não cumprir o que prometi.