20/01/2015

RUI RIO, UMA PERSONALIDADE PARA GANHAR PORTUGAL





Continua a vaga messiânica pelo assumir de responsabilidades políticas a nível nacional de Rui Rio, o prestigiado ex-Presidente da Câmara do Porto que depois deste pequeno interregno na sua vida ativa e partidária dá assomos de querer lutar e mudar Portugal e o PSD, numa era tão conturbada como a que se vive, onde os Partidos da governação não dão mostras de recuperar do desgaste a que foram sujeitos, nem os Partidos da Oposição têm a plena confiança dos portugueses, mostrando-se também eles vazios de soluções e tendo o seu Partido principal – o Partido Socialista – a sua quota parte de responsabilidade no desastre económico, social e financeiro em que se transformou o País depois de anos de esbanjamento e de um fartar vilanagem que algum dia haveria de dar mau resultado. 

E o reflexo de tudo isto foi a passagem brusca de um aparente e ilusório oásis para um pesadelo infernal que nos obrigou a estar amarrados a três anos de um Memorandum em virtude de um empréstimo a que tivemos de recorrer para fazer face à bancarrota que se avizinhava. E é nesta conjetura de um País algo desnorteado, sem ideias e sem um rumo definido e palpável, com Bancos falidos e a corrupção à solta (atingido até um ex-PM), com Partidos esgotados e em quem a população não confia nem acredita, um Presidente da República isolado, desgastado também e que em muitos casos parece fazer discursos que são autênticos monólogos em que apenas ele acredita, é neste contexto, dizia eu, que se aproximam eleições (legislativas e presidenciais) que poderão originar uma viragem e uma nova crença de que algo poderá mudar e transformar-se. Perfilam-se candidatos para todos os gostos dos vários lados da barricada, desde Guterres a Vitorino ou Sampaio da Nóvoa até Santana, Marcelo e agora Rui Rio. 

Confesso que, como social democrata e simpatizante do PSD (que não das suas lideranças) me agrada o facto de Rio ir à contenda e não fugir das suas responsabilidades, sendo ele uma personalidade com obra autárquica visível, não esbanjando dinheiros públicos, alguém com capacidade e competência e que me parece intrínsecamente honesto e com um discurso que me convence, determinado em alguns casos e conciliador noutros, abrindo pontes de governação e de entendimento com outras forças partidárias. Daí que gostasse muito de o ver a liderar o PSD fazendo-o renascer de um passado recente descrente e pouco convicto do rumo a que foi forçado a tomar devido às circunstâncias que todos conhecemos e padecemos. Uma nova lufada de fazer ressurgir o Partido com uma nova pujança e crença para enfrentar os desafios que se avizinham. 
Daniel Braga

Por outro lado, na Presidência da República também o poderíamos ver, fazendo o papel de moderador e de conciliador perante os novos equilíbrios que vão surgir após os actos eleitorais. Num ou noutro caso, será sem dúvida um candiato que me agrada e que gostaria de ver no exercício de uma dessas funções: a liderança do Partido e consequentemente um ganhador em futuras eleições legislativas ou exercendo o mais alto cargo da Nação, que, acredito, o faria com grande lisura e prestígio.