29/12/2014

Gostei da Mensagem de Natal de Passos Coelho





O Primeiro Ministro Passos Coelho emitiu uma mensagem de Natal que achei interessante e até gostei. Só não disse de que país falava. Poderia ter sido de uma ficção, já que a culpa de Portugal ter PPC como PM é do Laféria, pois se ele tivesse passado num casting hoje seria um outro artista e nós não teríamos o “prazer” de o ter a fazer malabarismos e a afundar o país na pobreza.
A certa altura diz, professoral “Temos ainda muitas escolhas a fazer para fortalecer o nosso presente e preparar o nosso futuro. Queremos, sim, construir uma sociedade com mais emprego, mais justiça, menos desigualdades, em que não haja privilégios nas mãos de um pequeno grupo com prejuízo para todos. Queremos que todos tenham uma justa oportunidade de decidir a sua própria vida.”
Não sei porque não fez isso nos 3 anos que leva de (des)governo. Porque não cortou nos privilégios das PPP? Porque manteve as rendas excessivas na eletricidade? Porque manteve Fundações que não fazem sentido? Porque não reformou administrativamente o país? Porque não acabou com organismos redundantes? Porque é que só cortou nos salários dos funcionários públicos e nas pensões? Porque é que aumentou brutalmente os impostos sobre o trabalho? Porque deixou que a banca continuasse a pagar menos? Porque não taxou as aplicações em bolsa como qualquer outro rendimento? Porque não resolveu o problema da TAP, da Carris, do Metro de Lisboa e do Porto e da REFER, que continuam a sorver dinheiro do erário público sem uma solução estratégica para cada caso?
No fim da mensagem arremata “Proteger o que já conseguimos juntos. Não queremos deitar tudo a perder”. Típica frase do eu ou o caos. A do “conseguimos juntos” não sei a quem se refere. A não ser que seja um a atuar e os outros a serem assaltados.
Onde esteve a estratégia do governo para resolver o défice de que enferma? Unicamente do lado da receita sobre o trabalho. Empobrecimento gradual do país. É uma questão ideológica, está bom de ver. Comunga dos mesmos princípios de Salazar que também pensava que era a forma do país ser competitivo. O povo não importa.
Qual a estratégia do país para os países CPLP onde está o crescimento económico? Agora quer vender a TAP. Não resolve o problema da empresa com argumentos falaciosos e acha que ao vender, porque a virtude está no Privado (bom de ver no BPN, BCP, BPP, BES, PT) resolve a asfixia financeira da empresa a que não pode acudir (porque ideologicamente lhe convém) e ainda argumenta que a mesma vai ficar com o centro de decisão em Portugal (veja-se o que aconteceu à CIMPOR e à PT).
PPC podia de facto ter feito muita coisa sem ser por asfixia dos trabalhadores e pensionistas, mas não fez por convicção ideológica, por inexperiência e por incompetência. Levou um povo ao charco e, claro, um dia ele levanta-se, só que não pode arvorar-se ser o responsável por isso. São os empresários que se estão a virar na internacionalização e centenas de milhares de trabalhadores que já emigraram a fazer descer estatísticas do desemprego e despesas sociais. São 400 mil desempregados que já não têm qualquer apoio. Foi a recusa do TC em cortar mais que fez a economia crescer um pouco o ano passado. É a baixa voraz do petróleo que está a fazer com que o país pague milhões de milhões a menos, caso contrário e mais uma avalanche de impostos estaria a caminho para acabar de vez com o povo.
É um país esfacelado que PPC deixa. Portanto, vir pedir o voto para “não perder o que conseguimos”? é de uma “lata” indescritível. Faz-me lembrar o ladrão que rouba os 100 euros a um transeunte  e depois chama-o e dá-lhe 10 euros para ele comer qualquer coisa e depois achar que o transeunte ficou com a sensação que ganhou 10 euros devido à “bondade” do ladrão .