14/10/2014

Petição na U.E.



Pedro Almeida 


Comissione per le petizioni
La Presidente
Erminia Mazzoni

Subject- Petition n. 1211/2013

Exma. Senhora:
Obrigado pela sua carta datada de 16/04/14.
 Você afirmou que a Comissão começou a examinar a minha petição e decidiu solicitar à Comissão Europeia que proceda a uma investigação preliminar dos vários aspectos do problema. discutidos na minha última carta.
Lembro a Sra que a minha carta destacou o clima de corrupção aberta, a criação de riqueza não controlada por políticos e seus amigos, e Justiça inexistente em Portugal.
  Na sua carta, você não especificou como vai  investigar o problema.
Por causa disso, decidi enviar-lhe algumas informações sobre como as coisas funcionam em Portugal :
Foi criada uma comissão pelo Governo Português para investigar os detalhes da compra de dois submarinos pela Marinha Portuguesa, há 10 anos, a uma empresa na Alemanha, Ferrostaal.
Informo que dois ex-altos funcionários da Administração desta empresa alemã e o ex-cônsul de Portugal em Munique (todos de nacionalidade alemã) foram condenados por corrupção, neste caso, pelo o pagamento de 30 milhões de euros em subornos.
No entanto, a Comissão Portuguesa formado por políticos do coligação no poder neste momento, decidiu encerrar a investigação esta semana apenas quando as coisas começam a ficar claras, sobre quem recebeu estes subornos, em Portugal.
O receptor das propinas era uma empresa chamada ESCOM – do Grupo Espírito Santo, um banco que detinha 67% da empresa. Este Banco - GES - foi escolhido pelo governo de Durão Barroso (ex-presidente da União Europeia, até recentemente), como parceiro minoritário do consórcio, que emprestou o dinheiro para a compra dos submarinos. Esta informação foi divulgada na semana passada pelo jornal português "Público".
O jornal "Expresso", revelou em Março passado que o dinheiro foi dividido pelos accionistas do Grupo Espírito Santo (GES) e ESCOM, depois de ter circulado por várias entidades e países. ESCOM e a sua administração, admitiram abertamente em numa declaração pública,  que "a empresa sempre agiu abertamente para com os seus accionistas sobre o recebimento desses subornos. Tinha que ser assim seguindo as políticas da partilha dos ganhos da empresa. "


No entanto, ninguém do GES ou ESCOM será convidado a explicar esses ganhos, pois a comissão que está investigando o caso, apenas decidiu fechá-la.