14/06/2014

ASSIM SE GOVERNAVA GAIA!!! 298 MILHÕES DE DÍVIDA





Manuel Cruz
                Quem ainda se recorda do que afirmava o ex-presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, quanto à sua gestão municipal, deve pensar que aquilo que já se sabia há bastante tempo não poderia ser verdade.
                Mas vem agora o actual presidente, Eduardo Vítor Rodrigues, dizer publicamente que a dívida apurada,- em resultado da auditoria interna de que não me atrevo a duvidar, mas que, em minha opinião, deveria ser externa, mesmo com alguns custos para os cofres da Câmara,   – atinge os 298 milhões de euros,  sendo 196 milhões da actividade da Câmara e 102 milhões das Empresas Municipais.
                Não esfregue os olhos, pois esta é a verdade.
                Mas o “bondoso” presidente socialista, admite que não sendo uma situação fácil de resolver, também não é o fim do mundo e que não é dramática.
                Então o que será? Uma herança apetecida ou uma herança indesejável?
                E onde estão os culpados?
                Mas o que ainda mais me impressionou foram dois números apresentados:
                A Câmara de Menezes gastava, por ano, 180 mil euros em assessorias de imprensa e a Empresa Municipal Águas de Gaia pagava de remuneração a um assessor jurídico, repito,a um assessor jurídico, também 180.000 mil euros.
                Fora, claro, as incontroláveis mordomias dos que a elas tinha direito por desempenho de cargo – vereadores, por exemplo - e dos que por serem os “boys” menezianos  iam “matando” o tempo pelos corredores de Álvares Cabral e edifícios adjacentes, sem se saber bem o que faziam.
                E quando se acusam – e com razão – governantes nacionais de deixarem o país na bancarrota, como se lhes pode assacar responsabilidades quando, à escala municipal se verificam estes exemplos?
                A “troika” esteve aí e tentou fazer uma “limpeza” que muito nos tem custado, mas que, quer queiramos quer não, era mais do que necessária para ver se alguém tomava juízo e o país encontrava um rumo mais ou menos seguro.
                Mas são exemplos como os que aqui refiro que, em grande parte, contribuíram para o descalabro nacional, ficando os culpados a “saborear” calma e faustosamente os frutos que habilmente “sacaram” dos bolsos de todos nós.