06/06/2014

As trapalhadas de António José inSeguro




O PS está num processo de clarificação da liderança por iniciativa de António Costa, após a derrota que o partido teve nas europeias. Disse de propósito derrota, como de resto tinha vaticinado neste mesmo espaço há muito tempo atrás.
António José Seguro fez o máximo que sabia e podia e, nesse sentido, não se lhe pode pedir mais. No entanto, um verdadeiro líder deve saber quando se retirar do comando das tropas. AJS mostrou-se sempre pouco Seguro. Aliás, para quem não sabe, numa reunião do Grupo Parlamentar ao tempo de Sócrates foi interrompido por este com um “cala a boca pá” e ele calou-se, mostrando a sua fragilidade e cobardia. Ora, não há ninguém que queira ser comandado por um fraco. Daí os resultados desastrosos ante um opositor que tem perpetrado as maiores malvadezas contra o povo. Um opositor que não tem passado de um capataz obediente a uma troika que vende o país a retalho, com resultados visíveis.
António Costa, que tem sido apontado como uma reserva do partido, correria o risco de ser acusado não apenas pelos correligionários, mas pelo povo português que quer uma alternativa. Por isso o seu gesto tem a ver com o imperativo patriótico de evitar que nas próximas eleições o país se torne ingovernável com os mesmos protagonistas que não passam de figurantes neste filme de terror.
O que me surpreende agora são as manobras de Seguro, que evidencia mais uma vez o seu complexo de inferioridade. Com efeito, apresenta uma solução de Primárias para escolha do PM, mas se manteria como líder do Partido. Depois veio a terreiro dizer que se demitiria se perdesse as Primárias, deixando o terreno livre para Costa se eleger líder do Partido.
Pergunto: para quê este folclore? A quem serve esta derrogação do prazo? Eu digo, ao PSD/CDS.
Seguro vai sair apeado com um chuto, sem honra nem glória, quando poderia sair pela porta GRANDE, declarando que tentou tudo, mas a mensagem não passou, pelo que patrioticamente deixaria o caminho a um camarada que fizesse melhor. O país agradeceria.
Vejo os lambe-botas a apoiar Seguro, que me fazem dó, porque a armadilha que este teceu nas Federações pode não ser suficiente para o manter á tona da água.  Os líderes das Federações almejam o poder e sabem que se seguirem Seguro morrem na Praia, porque PPC ganhará as próximas legislativas com minoria, mas usando os rácios macroeconómicos enganadores e toda a demagogia para iludir os papalvos dos portugueses, que apesar disso, não são parvos para acreditar num AJ inSeguro.
Mais ainda agora que o TC ao chumbar 3 normas inconstitucionais (porque roubar é ilegal), evitando a retirada (saque) de dinheiro à economia, levará a uma melhoria sentida nos bolsos dos portugueses.
AJS ainda tem tempo de arrepiar caminho em seu benefício e do povo português que finalmente poderá ter um partido como alternativa ao que existe, com António Costa na liderança.