19/02/2013

RELVAS NO CLUBE DOS PENSADORES

Peçam-nos os resultados no fim do mandato", afirmou o ministro, durante o debate no Clube dos Pensadores, que decorreu no Hotel Holiday Inn,em Gaia, e que foi marcado por frequentes protestos de pessoas na audiência.
Relvas disse que "os problemas de Portugal têm que ser vistos de uma forma global" e que os portugueses devem "acreditar que em 2015 Portugal estará melhor que aquilo que está hoje".

Em 2015, no final do mandato, "os portugueses poderão optar", insistiu o ministro.
"Não fomos nós que pusemos Portugal na bancarrota", afirmou Miguel Relvas no debate, dedicado ao "Momento Político".

Instado a esclarecer o que é a refundação do Estado, explicou que "a questão não está na refundação, mas na redefinição das funções do Estado".
O debate tem sido marcado por alguns incidentes, com participantes a interromper frequentemente o discurso e as respostas de Relvas

Logo no início, cerca das 20:40 o ministro foi interrompido por protestos de cerca de duas dezenas de pessoas, que cantaram "Grândola Vila Morena" e exigiram a sua demissão.
"25 de Abril sempre! Fascistas nunca mais", "gatunos" e "demissão", gritaram os manifestantes, interrompendo, o discurso de Miguel Relvas, que falava há cinco minutos.

O ministro ainda tentou dirigir-se aos manifestantes, mas a sua voz foi abafada pelos protestos. "Podemos cantar todos", disse Miguel Relvas, sempre sorridente, tentando ainda entoar algumas passagens da canção de José Afonso,
"Nestas circunstâncias (estas manifestações) não me desencorajam, não tenho qualquer tipo de preconceito", afirmou após os primeiros protestos, que, no entanto, continuaram a marcar o evento.

"Este debate é o mais difícil que fiz na minha vida", reconheceu Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores.

"Não vim aqui para ser julgado, a minha vida é clara", afirmou o ministro Adjunto, acrescentando não ter nada a esconder e que "quem está nestas funções tem de estar aberto a críticas".
"Sou uma pessoa íntegra", frisou.

Joaquim Jorge afirmou ,«que compreende que haja indignação e protestos mas depende como e onde são feitos«. Esta forma de protesto cantando uma canção de Abril é interessante e desarmante , porém seguir-se insultos e palavras obscenas só dá trunfos aos outros e quem fica mal é quem as profere.»
Enfatizou ,«sou completamente a favor que se proteste e que se diga o que está mal, mas com argumentos e inteligência . Esta forma de protesto está-se a banalizar e não atinge os objectivos pretendidos.»

Acrescentou ,«ainda por cima feita no Clube dos Pensadores em que recebe gente de direita, esquerda , sindicalistas, empresários, etc. Local de liberdade de expressão e participação cívica, com entrada livre»

Por outro lado ,Joaquim Jorge não aceita que se aproveitem deste formato único do Clube em que cada um pode perguntar o que muito bem entender sem censura ou algo combinado previamente.
Joaquim Jorge prosseguiu , «liberdade implica responsabilidade . Foi lamentável , o insulto , interromperem uma sessão feita para os cidadãos e sociedade civil . Sempre fui a favor do contraditório , pontos de vista diferentes e perguntas difíceis.»

Por fim disse : «ao fazerem o que fizeram não atacaram Miguel Relvas e o Governo , mas o Joaquim Jorge , o Clube e todo o trabalho que se tem feito em prol da cidadania e da participação cívica ao longo destes quase 7 anos.»

Presentes no debate Hermínio Loureiro presidente da CMOA , Agostinho Branquinho ex-deputado , António Tavares ,provedor da Santa Casa de Misericórdia do Porto, Virgilio Macedo presidente da distrital do PSD/Porto, entre outros.
Lusa /CdP